Hoje Diego Armando Maradona faz 54 anos.
Tive a oportunidade de ver esse ídolo do futebol
jogar. Era um mito vivo diante dos meus olhos. Melhor que Messi na minha
humilde opinião.
Maradona foi a síntese do futebol romântico.
Encarnava o sonho do soldado argentino mediante à poderosa Inglaterra em defesa
das Malvinas em plena copa. Tinha a “Mano de Dios” a seu favor.
Encarnava o sonho de diversos jovens dos anos 80 de
curtir rock in roll, cabelos longos, brincos na orelha (esquerda de preferência)
e ainda brilhar na arte de conduzir a bola.
Assisti Maradona na copa de 1986, no México, ano em
que brilhou. Carregou a Argentina e a América do Sul inteira em suas costas.
Assisti Maradona na copa de 1990, na Itália, e seu
passe para desclassificar a inclassificável seleção brasileira de Lazzaroni.
Assisti Maradona na copa de 1994, nos Estados
Unidos, e o início do seu drama pessoal.
Como a droga destroi pessoas, mas não destruiu o
mito. Lembro do Maradona no Estádio, brilhando com a camisa da Argentina ou com
a camisa do Nápoli. Essas são as imagens que eu quero guardar.
Não entendo o que Maradona nutre por Fidel. Na
contra, muito pelo contrário. Todos conhecem minha militância socialista. Mas Maradona
fica para nós como aquele que lembra o futebol arte e o início da globalização
da profissão de jogador.
Então fico com o Maradona jogador e o parabenizo. O Maradona que perdeu para as drogas em alguns momentos da sua vida, o Maradona treinador que perdeu de 6 x 0 para a Bolívia, o Maradona envolvido em violência doméstica fica no lado escuro da lua.
Maradona ganhou no campo e perdeu na vida? Ou
melhor, se perdeu na vida? Ele entra no drama do Sonho Redondo, peça que ainda
penso em escrever? Por isso você não sabe o que é.
Parabéns Maradona. E lembre-se que a vida é para ser
vivida e não destruída.
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