domingo, 13 de setembro de 2015

ENXADRISTAS DE MUTUM: CARINE GARCIA LIMA

Estamos estreando uma nova série de registros sobre o que acontece no esporte de Mutum, e também no campo pedagógico, pois o que vamos registrar aqui são histórias de vidas de adolescentes e jovens envolvidos em um projeto interessante que nesse momento ganha sua versão em um projeto muito maior denominado PROJETO XADREZ ESPORTE EDUCACIONAL, um elo de ligação entre a escola e o esporte.
Iniciaremos nossa série apresentando uma enxadrista de Centenário, que soube aproveitar as aulas e o envolvimento do Professor Eduardo Silvério da Silva, Dudu, e o apoio dado pela diretora Lígia Teixeira, para se desenvolver nesse esporte. Estamos falando de Carine Garcia Lima, que atenciosamente respondeu nossas questões e que compartilhamos com os leitores do nosso blog.
Carine Garcia Lima começou a participar de projetos na escola, quando ainda fazia o ensino fundamental (E. E. Álvaro Scherre), uma das escolas que acolheu bem o projeto introduzido em Mutum-MG pela AMMVA (Associação de Mutuenses Moradores no Vale do Aço), e desde então sempre que havia projetos de xadrez participava.
Apesar de afirmar que joga xadrez ocasionalmente, e não pensar em se tornar uma enxadrista federada, deixou sua história no xadrez pelas escolas que estudou.
Apesar de ser um esporte, até então pouco praticado em Mutum, Carine Garcia Lima nos conta que teve uma ótima aceitação da família, sempre dando apoio e incentivo.

Sempre participou de torneios promovidos nas escolas (em período que estudei, ensino fundamental e médio), participou também do JEMG (Jogos Escolares de Minas Gerais) em um período de aproximadamente 5 (cinco)  anos (fase municipal, microrregional e regional), e Festival de Xadrez promovido em nossa cidade Mutum em parceria com a AMMVA e FBX (Fundação Brasileira de Xadrez).

Quando questionada sobre seu ponto forte nessa modalidade esportiva, ela nos disse que é difícil determinar o próprio ponto forte, mas acha que seria a calma e pensamento rápido, que agiliza o jogo, mas que também pode trazer prejuízos em alguns casos. Não teria uma determinada jogada em que teria mais facilidade, acha que o bom do xadrez é um conjunto que deve ser bem trabalhado.
Disse também que conhece vários enxadristas, porém no momento não tem convivência com nenhum deles.
 Atualmente  Carine Garcia Lima estuda na Universidade Presidente Antonio Carlos (UNIPAC), em Aimorés/MG, e estudou na Escola Estadual Álvaro Scherre (Centenário) e Escola Estadual Dionysio Costa (Mutum) onde colaborou com sua participação em atividades envolvendo xadrez já mencionadas anteriormente.
Termina nosso bate bato deixando uma dica para quem pratica xadrez: “ A dica é que continue praticando, apesar de o jogo ser algo inesperado devido ser contra outros pensamentos e estratégias, quanto mais se praticar, mais visão, agilidade, e entendimento terá.
E outra dica para quem ainda não pratica esse esporte:  “Que pelo menos conheça o xadrez, eu, por exemplo, não pratico o tanto que deveria, mas só de ter o conhecimento já vejo vantagens, o xadrez é algo muitíssimo criativo e que nos desperta a atenção. "O jogo [de xadrez] com olhos vendados contém tudo: poder de concentração, nível de instrução, memória visual, para não mencionar também o talento estratégico, a paciência, a coragem, e muitas outras faculdades. Se fosse possível ver o que se passa na cabeça de um enxadrista, iríamos descobrir um irrequieto mundo de sensações, imagens, movimentos, paixões e um panorama sempre mutante de estados de consciência. As nossas mais precisas descrições, comparadas às deles, não passam de esquemas grosseiramente simplificados." - Alfred Binet”

Agradecemos a Carine Garcia Lima pela colaboração nessa nova série de registro sobre o que acontece em Mutum tanto na área esportiva como na área pedagógica.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

NO XADREZ E NA VIDA

No xadrez e na vida



Você já parou para pensar que sua vida às vezes se parece com um tabuleiro de xadrez? Quantas vezes você precisou treinar seu autocontrole esta semana? E no mês? Você sabe lidar com as pressões do dia a dia? Se mantém focado em suas metas até o final ou desiste ao fazer uma jogada errada? O que parece apenas um jogo pode trazer inúmeras reflexões e ensinamentos para a vida. A Nova Acrópole Cuiabá está trazendo um novo modelo de aprendizado de xadrez, que vai além do xeque-mate. 


De acordo com o instrutor Rafael Ferreira, as relações cotidianas assim, como o xadrez,exigem autocontrole em diversos níveis, especialmente no emocional. “Muitas pessoas ficam muito nervosas durante o jogo - especialmente próximo ao fim - e acabam se desesperando e perdendo”. No nível mental, isso fica ainda mais visível quando uma jogada requer um pouco mais de esforço.“Alguns jogadores ficam com 'preguiça' e preferem jogar de forma displicente e esperar pelo resultado seja lá qual for”. 


Segundo ele, o xadrez mostra a importância da unidade, pois as peças do jogo só serão exploradas por completo se forem utilizadas de forma conjunta e harmônica. Além disso, um grupo de peças bem posicionadas pode ser muito mais poderoso do que a soma de seus valores individuais (o todo sendo maior do que a parte). O jogo revela ainda a importância de se estabelecer metas, tanto no nível macro quanto no micro. “Na vida temos planos em longo prazo que dependem de atitudes diárias para se concretizar. Da mesma forma no tabuleiro, onde as metas maiores precisam e devem ser subdivididas em metas menores e, em cada jogada, o enxadrista deve avaliar como aquilo vai ajudá-lo em seu plano, aproximando o jogador de sua meta, (sonho/objetivo) de vida”. 

O professor de filosofia Roni Almeida explica que no xadrez todo movimento não pode ser aleatório, é preciso ter um objetivo. No entanto, avançar fica muito difícil quando o jogador não conhece seus próprios pontos fortes e fracos e, tampouco, se não conhece os pontos fortes e fracos do adversário. “No xadrez como na vida você avança mais quando utilizando a inteligência. Também passa a ter consciência que, ao mesmo tempo que ataca, também precisa se defender”. Ele ainda esclarece que por vezes será necessário alguns sacrifícios para se chegar ao objetivo final. “No tabuleiro pode ser que seja necessário queimar algumas peças, na vida feita de escolhas, é preciso abrir mão de algumas coisas em busca de algo maior”.