terça-feira, 25 de outubro de 2016

O PESO DAS PARTIDAS


Nessa reta final, nosso blog passa a analisar o peso das partidas dos brasileiros da série A e B do brasileirão. Pretendemos fazer isso de forma sequencial, ininterrupta doravante.

Como calcular o peso das partidas? Agora chegamos a uma fórmula matemática. É evidente que consideramos a classificação em que se tratando de série B onde o acesso é um troféu e quando o primeiro lugar já o conquista, corre o risco de se acomodar. A fórmula matemática é a seguinte:

Antes estávamos atribuindo 20 pontos ao primeiro colocado e sucessivamente até chegarmos ao último colocado com 01 ponto. Então se o confronto fosse entre 1º e 2º colocados, logo teremos uma partida com peso 39. O máximo. Enquanto uma partida entre o penúltimo e o último terá peso 03.

Para facilitar o cálculo, considerando que agora o 1º colocado recebe um ponto, e o 2º colocado recebe 2 pontos. Logo a partida com peso 03 será entre os dois times de melhor desempenho. Mas como explicar que o peso 03 é melhor que o peso 39. Foi assim que chegamos ao fator 42, de onde subtrai-se 03 (1+2) e obtém se o número 39.

Evidente que toda partida é válida e que tal prestar atenção nas partidas com menores pesos entre os que brigam para evitar o rebaixamento. Algumas partidas podem nos dar um show de raça.

Poderíamos também simplesmente somar a pontuação. Agora na reta final, não haveria muita diferença, mas no início de campeonato sim.


Acompanhe-nos nessa configuração e escolha sua partida para assistir além daquela do seu time do coração.

VEJA EXEMPLO DA 33ª RODADA DA SÉRIE B


Veja como ficou a tabela da 33ª rodada por onde de peso das partidas:



sábado, 17 de setembro de 2016

CLÁUDIO EMERSON PANDORA: UM DESPORTISTA COM UMA CAIXA DE EXPERIÊNCIA

O BLOG MUTUM DESPORTIVO bateu um papo com Cláudio Emerson de Souza Oliveira, conhecido como Pandora no meio futebolístico.
Cláudio Emerson Pandora é o diretor técnico atual do Projeto SuperAção aqui em Mutum.
Natural de Italva-RJ, onde ainda reside e coordena junto com seus familiares a empresa P4SPORT Acessoria, Treinamento Funcional e Consultoria Esportiva e a escolinha de futebol Guerreirinhos do Fluminense. Cláudio Emerson Pandora começou nas bases do Vasco da Gama, jogando juntamente com Carlos Germano (goleiro), Bismarck e Sorato.
Jogando como zagueiro, atuou em times do Rio de Janeiro como Cardoso Moreira, Teresópolis e Itaperuna. No Paraná atuou pelo Nacional de Rolândia e Matsubara de Cambará. No Espírito Santo atuou pelo Rio Bananal quando este estava na primeira divisão capixaba e na Aracruz. Também jogou pelo Colo-Colo de Ilhéus (Bahia) e teve sua experiência internacional durante seis meses no futebol vietnamita (Hanói T & T) quando o mercado do sudoeste asiático estava começando a se abrir para os jogadores brasileiros.
PANDORA NO ELENCO DO CARDOSO MOREIRA EM 2007
(FONTE: http://jornalnarede.blogspot.com.br/)
Ele considera como marca da carreira a sua participação na campanha de acesso do Cardoso Moreira-RJ em 2007 e a participação deste modesto time na Primeira Divisão Carioca em 2008.
No jogo contra o Botafogo, no dia 27 de março de 2008, em partida válida pelo carioca, única participação do clube do norte fluminense, no Engenhão, ocorreu um fato inusitado. Esse jogo marcou Cláudio Emerson Pandora pelo que fato dele ter atuado apenas um minuto e sido expulso. Vindo o Botafogo vencer por 1 x 0 em gol contestado de Wellington Paulista. É justamente esse jogo que lhe veio a mente quando questionado sobre o jogo mais marcante da sua carreira.
FICHA TÉCNICA DO JOGO BOTAFOGO X CARDOSO MOREIRA
Segundo Cláudio Emerson Pandora, o projeto SuperAção é excelente não somente por ser um bom projeto esportivo, mas sobretudo por ser um projeto social, contribuindo para a formação humana dos beneficiários do projeto. É verdade que nem todos os garotos integrantes do projeto virão a ser atleta profissional. Mas os ganhos de fazer parte desse empreendimento estão na própria participação do mesmo.
FONTE: URURAU.COM.BR
No entanto, com a experiência que ele tem e a visão sobre o mundo do futebol, e muito desse know how  ele atribui à sua convivência com técnicos como Duílio, Charles Guerreiro, Rubens Filho e outros que contribuíram com sua formação atlética e humana.
Ele vê que o futebol em Mutum é bem visto, muita gente gosta. Lembra que chegou a Mutum por intermédio, entre outros, do desportista e ex-vereador, Marcus Brandão e Eduardo Vita. Também vê a possibilidade de apoiar outros esportes através da sua empresa, como o evento de domingo passado, dia onze, o Encontro de Mountain Bike - Pedal Solidário.
Sua missão é, além de trabalhar a formação, possibilitar que alguns adolescentes e jovens possam fazer experiências em times profissionais, como o Fluminense, onde esse ano teve a oportunidade de levar Bruno Carvalho e no ano passado, Marcos Junior, para o Botafogo.
No entanto, mesmo que o clube reconheça a capacidade técnica do garoto, nem sempre a posição de atuação do atleta é necessariamente a carência do clube naquele momento. Participar de oportunidades de ser apresentado a um clube profissional faz parte do processo, ainda que naquela oportunidade não se viabilize a permanência no mesmo.
O trabalho com futebol de Cláudio Emerson Pandora vai além de Italva e Mutum. Prova disso é o trabalho desenvolvido em conjunto com o União de Marechal Hermes que estará levando promessas do nosso futebol para o México ainda esse ano.
Mas nem tudo está bem no futebol. Pandora vê necessidade de melhor organização nas federações e confederaçÃO (CBF), repensar a relação clube e empresário e melhor capacitação administrativa dos dirigentes, sobretudo dos clubes médios do nosso futebol.

O BLOG MUTUM DESPORTIVO agradece a atenção dipensada por Cláudio Emerson de Souza Oliveira, Pandora, compartilhando conosco suas atuações e visões sobre futebol.

domingo, 11 de setembro de 2016

PEDAL, POEIRA E SOLIDARIEDADE (ENCONTRO DE MOUNTAIN BIKE - PEDAL SOLIDÁRIO 2016)



Aconteceu neste domingo, pela manhã, o Encontro de Mountain Bike – Pedal Solidário 2016, conforme divulgado pelo nosso blog dia 06, terça-feira.

As atividades começaram na AABB (Associação Atlética Banco do Brasil) logo cedo, às 07:00 horas com as inscrições, café da manhã e a benção proferida pelo Padre Dione Leandro.
O evento estava bem estruturado com três carros de apoio e uma ambulância.
Pe. Dione Leandro proferindo a bênção

Em seguida o grupo de ciclistas, organizados em três categorias: Iniciantes, light e pro, pedalaram em direção a cidade pela Avenida dos Pioneiros. Passaram pela feirinha na rua Dr. João Luís Alves (Rua da Goiaba), voltando pela Rua João Teixeira, seguiu-se em direção ao córrego da Ponte Alta, Anchieta, onde o grupo Iniciantes entrou em direção ao córrego do Azul percorrendo os 21Km.



As categorias Light e Pro foram mais adiante sendo que na Floresta, a categoria Pro subiu a serra até São Barnabé e depois em direção ao Alto Santa Maria, voltando por Santa Maria, percorrendo 55Km. A categoria light foi de floresta para Santa Maria e voltando pelo Beira Rio totalizando 40 Km.


No total tivemos 52 participantes, sendo 10 de Ipanema, 5 de Pocrane, representantes de várias outros municípios como Caratinga, Manhuaçu, Lajinha, Ibatiba-ES, Serra-ES e Porciúncula-RJ.



A arrecadação com a inscrição será convertida em donativos.
Acreditamos que esse tenha sido o evento de maior relevância até hoje no ciclismo mutuense, que tem crescido cada vez mais na organização e na adesão de atletas.
Chegando em São Barnabé
Ao fundo São Barnabé
Em Alto Santa Maria, ao fundo Pedra Invejada



O blog Mutum Desportivo agradece a acolhida dos organizadores do evento, bem como a compreensão de todos os atletas participantes.

OUTROS REGISTROS FOTOGRÁFICOS

MOMENTO DA BÊNÇÃO


Ciclistas de Pocrane e Caratinga
Ciclistas de Mutum, galera em peso
Meninas que pedalam
Pasto seco e percurso duro
Chegando a São Barnabé 
Subindo a serra de São Luís, ao fundo São Barnabé
Descendo para Santa Maria
Ciclista de Ipanema-MG
Poeira na passagem do carro de apoio, teve isso.

Passando por Santa Maria




sábado, 10 de setembro de 2016

COPA ROSEIRAL DE FUTSAL


COPA ROSEIRAL DE FUTSAL
Aconteceu dia 04 de setembro a Copa Roseiral de Futsal, na Quadra de Esportes de Roseiral.
Organização do 3º ano da Escola Estadual.
O evento, dividido em três categorias, Sub-07, Sub-10 e Sub-12, contou com as equipes Joga 10 (Mutum), Humaitá, Estrelas da Bola (Mutum) e Roseiral.
JOGA 10: CAMPEÃO SUB-07 (FB/EDUARDO SILVÉRIO DA SILVA)

CAMPEÕS:
SUB-07: Joga 10
SUB-10: Humaitá
SUB-12: Estrelas da Bola
ESTRELA DA BOLA: CAMPEÃO SUB-12 (FB/MARIA RSOARES)



terça-feira, 6 de setembro de 2016

ENCONTRO DE MOUTAIN BIKE - PEDAL SOLIDÁRIO 2016


O ciclismo tem crescido muito em Mutum. Mesmo sabendo que a prática é amadora e fica no patamar do lazer na maioria das vezes, o nosso blog, MUTUM DESPORTIVO, tem dentro da sua limitação, divulgado o ciclismo praticado por mutuenses e o ciclismo em geral para quem é de Mutum.
Um grande evento de proporções ainda não realizado em Mutum vai acontecer nesse domingo, dia 11 de setembro. Unindo solidariedade com a prática esportiva. Um grupo de entusiastas pelo ciclismo está organizando o ENCONTRO DE MOUTAIN BIKE, PEDAL SOLIDÁRIO 2016.

Em diálogo com Rogério da Rogério Bike, tivemos a dimensão do entusiasmo dos organizadores.
Como se trata de um evento solidário, com a finalidade de angariar fundos para atividades de solidariedade na comunidade mutuense, a inscrição terá o custo de R$ 30,00. O Início será na AABB a partir das 08:00 hs com inscrição e café da manhã.
A saída será as 08:00 horas, passando pela feirinha na rua Dr. João Luiz Alves (Rua da Goiaba) e pelo centro da cidade. Depois o percurso seguirá em direção a Ponte Alta e Anchieta onde começará a se diferenciar para cada uma das três categorias.
Percursos distintos:
INICIANTE: 21 KM (Passando pelo Córrego do Azul).
LIGHT: 40 KM (Até Floresta e Santa Maria)
PRO: 55 KM (Até o Alto Santa Maria)
Rogério ainda salienta a solidariedade dos patrocinadores, que são vários, que mesmo na crise, se dispuseram a ajudar esse evento tão importante, exigindo uma boa organização com Carro e Moto de Apoio durante o percurso.E como todo primeiro evento, a expectativa é que o segundo tenha mais apoio, vindo inclusive de empresas de fora, agregando mais know how.

O blog Mutum Desportivo se comprometeu a estar presente no evento, agradece os patrocinadores, e deseja desde já boa pedalada aos participantes e sucesso para os organizadores.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

COMO MUTUM VÊ AS OLIMPIADAS: GRÉCIA ANTIGA

NOTA DO BLOG: Estamos postando esse texto, que não é de autoria de mutuense, mas tem haver com a filosofia e serve para esclarecer a relação entre a mitologia grega e a olimpíadas. Percebermos que alguns mutuense ora questionam qual essa relação e outros já tem
conhecimentos suficientes para fazê-la.

APRENDAMOS COM OS GREGOS

Na Grécia antiga, a Olimpíada era uma competição esportiva entre os melhores atletas da região com o objetivo de homenagear Zeus. Durante os dias em que as exibições ocorriam, guerras eram suspensas e a paz suprema reinava entre todos os povos de maneira inquestionável.
E como isso homenageava Zeus, o deus dos deuses, filho de Chronos? Mostrando uma espécie de perfeição da energia da espécie, usando os feitos esportivos campeões como exemplo do quão capaz era a humanidade como um todo.
As Olimpíadas, na Grécia antiga, eram muito mais filosóficas do que atléticas – até porque mal existia uma linha que separasse os dois conceitos.
Hoje, talvez, não seja diferente. Hoje, mais de 3 bilhões de pessoas no mundo todo param para ver o que atletas dos 5 continentes tem de melhor. Testemunham contorcionismos embasbacáveis das ginastas; velocidades guepárdicas de corredores; força paquidérmica de levantadores de peso; fluidez de nadadores que invejam golfinhos; e um tipo de garra que apenas nós, humanos, conseguimos ter. Há mais para as Olimpíadas do que o mero esporte: há a exibição do que os nossos corpos, motivados pelas nossas mentes, são capazes.
Na Grécia antiga, as Olimpíadas eram fonte de inspiração para os mais diversos gênios – incluindo, para ficar apenas em um dos maiores contadores de história da humanidade, Homero. Os feitos que aproximavam homens de Deuses davam margem a personagens, a épicos, a mundos que existem apenas na imaginação de quem testemunha heróis.


Aprendamos mais com nossos ancestrais gregos, a quem tanto devemos. Esses dias em que vivemos são dias de parar, contemplar e deixar o heroismo alheio entrar pelas nossas pálpebras, tocar os nossos corações e gerar impulsos em nossos dedos ávidos por contar histórias.
FONTE: CLUBE DOS AUTORES

sábado, 13 de agosto de 2016

COMO MUTUM VÊ A OLIMPÍADAS: MAURÍCIO SOUZA LIMA

Os jogos são talvez hoje uma das duas formas extravagantes de unir ou até mesmo de separar as nações de todo mundo. A outra forma seria uma nova guerra mundial. Graças a Deus estamos distantes de uma nova guerra. Mas ao vermos em nossos atletas nesses jogos olímpicos, tamanha desenvoltura de homens e mulheres chegando ao mais alto nível de comprometimento e esforço, de planejamento e investimento, de estratégias acertadas de equipes inteiras. Percebemos que podemos ir mais além do que já fomos. Podemos ainda nos superar, melhorar. Há claro que uma nova postura a ser tomada, principalmente pelos acomodados. Quem não se move, não chega a lugar algum. Quem não treina, repete, se cansa, não melhora.

Não conseguimos ver ainda, em cidades como a nossa, nenhuma postura assertiva em relação ao esporte, por exemplo. O futebol a muito tem sido o reflexo de frustrações. Não só no cenário nacional, mas municipal também. Não digo em relação só a títulos, mas da esportividade, e amizade.

O esporte constrói a integridade de homens e mulheres, através da competitividade, não de uma busca em ser melhor que os outros, mas ser melhor do que já somos. Na coletividade aprendemos a conviver com outros conhecidos ou não. O respeito ao próximo e a sempre busca da dignidade.

Somos reféns nos nossos dias, da criminalidade, da falta de interesse de aprendizado pelas nossas crianças, e adultos também.
No esporte lutamos desde cedo, para que nossos filhos, as futuras gerações aprendam a valores para toda vida. Se não educarmos nossos filhos, não adiantará no futuro cobrarmos dos pais que olhem para suas crianças com responsabilidades.

É necessária a ética da convicção por parte de nossos governantes, para que façam mais por nossas futuras gerações não por causa de votos simplesmente, mas por um futuro melhor.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

COMO MUTUM VÊ A OLÍMPIADAS: TEREZINHA REIS FREITAS


NOTA DO BLOG: Iniciamos nossa série “COMO MUTUM VÊ A OLIMPÍADAS” postando uma mensagem de, nossa sempre colaboradora,Terezinha Reis Freitas enviada para o blog Mutum Cultural. No entanto, entendemos que tem muito haver com a proposta da nossa série. Abraços. Trata-se do compartilhamento feito da página do Facebook de Otávio Leite, deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro sobre as olimpíadas desse ano, em especial, a abertura.
Entendemos que ao compartilhar, tais palavras representam o seu pensamento. O seu modo de ver a Olimpíadas.


Magnifico espetáculo!
Criatividade e beleza plástica impressionantes.
Me lembra o verso " a força da grana que ergue e destrói coisas belas "...
Repercussão internacional positiva , exceto nos EUA ( Washington Post e N.Y.Times que lembram apenas das mazelas).
Nada é absoluto !

sexta-feira, 22 de julho de 2016

POR UM FUTEBOL ARTE

NOTA DO BLOG: Reproduzimos em nosso blog o artigo de Jacques Gruman por entender que se trata de uma análise crítica dos descaminhos do futebol, sobretudo do futebol brasileiro. O mercado tem essa propriedade, de transformar sonhos e criatividade em mercadoria. 

Como se diz Mengo em islandês?
JACQUES GRUMAN*

Sei que nada será como está/
Amanhã ou depois de amanhã
(Milton Nascimento)

Sem demagogia. Nunca estive na geral do Maracanã. Minha pátria era a arquibancada de cimento, na diagonal atrás de uma das traves. Em dias de grandes clássicos, público roçando 150, 160 mil pessoas, a turma da arquibancada se esbaldava jogando todo tipo de tralha nos geraldinos. Sacos de xixi, restos de comida, garrafas, pedaços de madeira e PVC, sólidos não identificados. Isso quando não desabava um torcedor lá de cima (como nos trágicos acontecimentos da final do Brasileirão de 92). Festa para uns, desaforo para outros, encontro marcado para todos.

O Maracanã foi planejado como uma espécie de panela da divisão de classes no Rio. Na geral, ficava o povão, que ia ao estádio de trem e acabou criando uma cultura de quem assiste um jogo de futebol em duas dimensões, pertinho dos técnicos e reservas. Nestas circunstâncias, em total desconforto, surgiram personagens folclóricos, que faziam dos 90 minutos um tempo teatral, de confronto imaginário com seu próprio time (ah, como era imperdoável perder aquele gol ou não perceber que a melhor jogada era outra). Olhando as imagens do excelente documentárioGeraldinos, dirigido por Pedro Asbeg e Renato Martins, a gente tem a impressão de que era na geral que a paixão pelo futebol se exibia em estado bruto. Hulks remendados, Tarzans banguelas, uniformizados, Mister M, caixões improvisados, charutos. Um desfile de carências e sonhos, transformados em potência por breves instantes.
O velho Maraca, convenhamos, não tratava muito bem as torcidas. Conforto, para quê? Os banheiros, só masoquistas de manual têm saudade deles. Quem tomava uns birinaites ou exagerava nos chopes tinha que enfrentar um mar tempestuoso de ureia para esvaziar a bexiga. Se o pastel de vento caísse mal, melhor seria segurar a onda. O cheiro dos Walter Carlos intoxicaria estômagos de aço. Reza o folclore que máscaras contra gases ficaram inutilizadas depois do primeiro contato com aquela sucursal do esgoto. Apesar disso e de outros poréns, não havia torcedor que fugisse dos sagrados encontros dominicais. Memoráveis, vitais, avassaladores, fraternos.
Da estrutura provecta só resta uma casca. Sucessivas reformas extinguiram a geral e deram um ar de fraque ao que era estritamente popular. Faz lembrar as polêmicas em que se meteram vários intelectuais na aurora do futebol no Brasil. Lima Barreto era um beque de roça na batalha. Disparava botinadas naquele esporte que ele via como Cavalo de Tróia na alma brasileira. Em 1907, decretava: “O futebol é coisa inglesa que nos chegou pelos arrogantes e rubicundos caixeiros da Candelária e arredores, nos quais teimamos em ver lordes e pares do Reino”. Não foi assim que a banda tocou. Dos off sides, center halfsplayers e quipers (goal keepers), a gente inventou um estilo que driblou as origens. A descaracterização do Maracanã não vem sozinha. É parte de um amplo movimento global, atualiza, de certa forma, os temores do Lima e consolida outras transformações.
Acabaram-se os técnicos boleiros, que exalavam a mesma paixão de seus jogadores. Gentil Cardoso, Yustrich e João Saldanha evocam uma espécie extinta. Hoje, temos os “professores”, burocratas da bola, funcionários de aluguel. O mesmo se pode dizer dos jogadores folclóricos, com forte vínculo com suas origens e suas torcidas. A incubadora que gerou um Dario Peito de Aço (que, é bom não esquecer, começou a jogar no Campo Grande) fechou as portas. Hoje, as escalações estão cheias de nomes e sobrenomes, profusão de consoantes duplicadas.  Os apelidos de antigamente mostravam a raiz peladeira, de pés no barro, e o prazer
lúdico do esporte. Afonsinho, que desafiou a ditadura dos “professores” e cartolas, gostava de sentir o cheiro da grama molhada nos jogos em dias de chuva. Alguém consegue imaginar que, digamos, Neymar esteja ligado nessas abstrações? O jogo passou a ser meramente utilitário, quero dizer, meio de faturar. Cada jogador carrega na camisa uma etiqueta invisível, com o preço do seu passe. Viraram reclames ambulantes. Quem é que pode se apaixonar por uma mercadoria? Também sumiram os filósofos do futebol. Como Neném Prancha. Nada disso é casual. Tudo faz parte de um sistema que tem, no núcleo, a substituição de uma criação popular pela lógica do mercado. Futebol vende, e estamos conversados. Acabou-se a inocência, da mesma forma que acabou o cuidado artesanal nos primórdios da Revolução Industrial, atropelado pela produção padronizada e em larga escala. Os campos de várzea habitam o território da memória afetiva. A realidade são as “arenas” privatizadas e os craques fashion.
Um flash back, volátil como todo flash back, aconteceu há poucos dias. Numa dessas jornadas em que o futebol ainda é fértil, um time supostamente inferior derrotou o favorito. A seleção islandesa bateu os lordes do Lima Barreto. O que me impressionou não foi a qualidade técnica dos lourinhos. Terminada a partida, os jogadores correram em direção à torcida (5% da população islandesa estavam no estádio!) e praticamente se fundiram com os torcedores. Em determinado momento, o capitão do time se transformou em regente de orquestra. Com gestos firmes, pediu silêncio à torcida – que se calou. Em seguida, começou, junto com os demais jogadores e num ritmo perfeito, a coreografar o grito de guerra, que exigia uma coordenação difícil de alcançar naquela montanha de gente. Tudo acabou num carnaval, time e torcida em harmonia. E felizes. Dizem que foi esse tipo de proximidade que lançou as bases da enorme popularidade do Flamengo. Nos primeiros tempos, quando o remo ainda era o carro chefe, o time de futebol ia a pé para o campo de treino, confraternizando com os eventuais passantes. Aquela disponibilidade e a simpatia dos jogadores fizeram o resto.
Numa mesa de debates na Flip, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel comentava a relação entre cérebro e consciência. “Olhar para aquela matéria e entender que são moléculas, mas que, por causa da maneira muito particular em que se organizam, se transformam num ser que pensa, que tem opiniões sobre o Universo, isso é poesia suprema”, disse. Pois a poesia que a molecada injetou no jogo dos lordes está perdendo de goleada para o business. No documentário sobre a geral, o jornalista Lúcio de Castro, um dos raros que respeito na área esportiva, chorou ao lembrar em que se transformou o Maracanã. Otimista, enxugou as lágrimas e disse acreditar que o povo ainda recuperará sua casa de futebol. Será que a poesia voltará um dia ao Maracanã, onde hoje vagam, abúlicos, os fantasmas órfãos dos geraldinos e arquibaldos das antigas?

* JACQUES GRUMAN é Engenheiro químico, ativista da esquerda judaica laica e internacionalista. Escreve crônicas semanais, sempre às segundas-feiras.


quinta-feira, 21 de julho de 2016

ENXADRISTAS DE MUTUM NA ESTADUAL DO JEMG




Três atletas de Mutum estão classificadas para a etapa Estadual do JEMG (JOGOS ESCOLARES DE MINAS GERAIS).
SÃO ELAS:
MÓDULO I
Jaqueline Lomba da Silva, da E.E. Maria Luiza Alves Vieira.
MÓDULO II
Aléxia Gabriela Almeida Martins e Luana Souza Marques, ambas da E.E. Dionysio Costa.

Elas não representam somente suas escolas, mas todo um projeto desenvolvido por vários professores de educação física e professores de outras áreas, como matemática, na introdução e desenvolvimento do Xadrez Escolar em nossas instituições de ensino da rede pública.
Por trás de todo esse trabalho, sempre frisamos isso, está a Fundação Brasileira de Xadrez, de Ipatinga-MG, que chegou até Mutum pelo incentivo da AMMVA, na pessoa de seu então presidente , Deusdeth Junior Amorim.

Contar com três atletas em quatorze classificados para a etapa Estadual prova que estamos no caminho certo.

SÉRIE: COMO MUTUM VÊ AS OLÍMPIADAS



Bem, aqui estamos nós na eminência de compartilhar mais uma ideia. As ideias fervilham aqui dentro.
Sei que  90% delas não saem do papel e por isso ficam perdidas em alguma conexão neural desativada no cérebro. Agora elas também poderão vir a fica perdidas em alguma postagem no nosso blog.
Antes, durante e por um tempo depois, gostaríamos de postar no nosso blog a opinião de mutuenses focados nos jogos olímpicos desse ano que começarão em breve.
Fica aberta a participação de todos que moram em Mutum e que fazem parte do nosso grupo no facebook. Basta enviar seu texto, com foto de algum evento esportivo que você participa (opcional) e dizendo o que acha das olímpiadas no Rio desse ano.
Envie para blogmutum@gmail.com que retornaremos.

Ajude a construir o blog MUTUM ESPORTIVO para que ele possa ser nosso acervo esportivo.