sábado, 14 de novembro de 2015

ENXADRISTAS DE MUTUM: WALYSTHER CAIO




Estamos na segunda postagem da série Enxadristas de Mutum, com o objetivo de registrar a história da introdução e desenvolvimento do Xadrez em Mutum, a partir da iniciativa da AMMVA (Associação dos Mutuenses Moradores no Vale do Aço), em parceria com a FBX (Fundação Brasileira de Xadrez).
O bate-papo dessa vez foi com Walysther Caio, que se desenvolveu no xadrez graças ao Projeto implantado na Escola Estadual Juarez Calixto da Cruz Jr, em Santa Rita, pelo professor José Antonio Barcelos, entre outros profissionais.

Questionado se joga sempre, Walysther responde: _Quando eu tinha foco e objetivo jogava todo dia. Hoje em dia a lei da vida me fez afastar-me daquilo que gosto. Mas ainda jogo ocasionalmente e futuramente planejo montar algum projeto para levantar em nossa região esse esporte/jogo/arte tão fantástico!

Ele também fala do seu sonho: _Era meu sonho desde criança. Ser reconhecido e tornar-me GM (Grande Mestre de Xadrez), o título mais top, digo, mais reconhecido da categoria. Infelizmente a falta de oportunidade na região não me deu muitas escolhas, fiquei velho e a necessidade básica de viver sempre grita mais alto.

Menciona o apoio da família:  _A família sempre gostou de me ver ganhando e sabia apoiar quando perdia, apesar de eu não me perdoar.

Depois estudando o Ensino Médio na Escola Estadual Dionysio Costa, ele participou do JEMG (jogos escolares de Minas Gerais) e disputou os eventos em Mutum, e Ipatinga, realizados pela parceria da AMMVA com a FBX.


Falando sobre suas táticas, ele nos revela quando questionado sobre o seu ponto forte no xadrez: _ Sobre o jogo, meu ponto fundamental era nunca desistir. Meu jogo poderia estar acabado, mas gostava de levar a "guerra" a frente e fazer umas graças ao adversário. Jogo pra mim tem que ter Xeque-mate! Odeio quando os jogadores se dão por vencidos sem mesmo tentar continuar. O Xadrez Científico, sabemos que a matemática não falha, e sim o jogo está acabado. Todavia, se tratando de pessoas, eu acredito que o jogo deve prosseguir ainda que se saiba que está "morto"! Isto é uma arte milenar de guerra, é um desrespeito não levar "a batalha a frente".

Em que jogada você tem mais habilidade?
Gosto de todas. Não sou conservador, as vezes crio variações dos jogos estudados e faço uma "graça" ao adversário que só sabe a decoreba. (Porém isso é arriscado). Particulamente falando, no meio-jogo eu era craque em fazer jogadas com os cavalos, principalmente à descoberto em 5 jogadas. Também era muito bom em finais de peão e torre.

Hoje Walysther Caio estuda na FACIG de Manhuaçu, cursa Direito, e diz que muitos amigos jogavam e pararam. Só ele e seu amigo (que em breve também estará nessa série) Walace, continuaram. Segundo ele, muita gente “mexe” com  Xadrez, mas precisam treinar mais.

Finalizando o bate-papo ele deixa uma dica para quem pratica xadrez: “Não desista. Nunca desista. Tanto no jogo como nos objetivos. Leve seu ritmo até o "Xeque-mate da vida" ou a sua vitória.”

E um recado para quem ainda não pratica: “Deveriam conhecer o jogo. Ele é a mais fantástica criação humana em se tratando de Arte, Esporte e Jogos. Quem o pratica aumenta sua percepção de vida e conhecimento, até mesmo de seu "eu" interior. Aprenda a jogar, não custa nada!”

VEJA A PRIMEIRA POSTAGEM DA SÉRIE EM: CARINE GARCIA LIMA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário